Venom – resenha


Há duas coisas que nunca escondi, não como frutos do mar e não respeito críticos.

 

Parte disso é pura perplexidade. Como as pessoas podem suportar tais criaturas rastejantes?

Nosso amiche Evandro descolou uma cabine e assistiu antes de todo mundo, como podem ver no post dele. Suas palavras me criaram certa curiosidade e fui conferir.

É bem verdade que o filme se apoia muito em Tom Hardy, e suas interações com o simbionte são boa parte da graça do filme. E é mesmo muito bom . Na verdade, o relacionamento de ambos me lembrou muito o de Rick e da Máscara do Terror no remake  do game Splatterhouse, com um tirando com a cara do outro.

 

Mas não fica apenas nisso. As cenas de ação são muito bem feitas também. Inclusive a última, onde vi muitas críticas. Compreensível, já que se trata de duas golesmas de espancando. Mas não é pra tanto.

O que nos leva para os efeitos. Quando vi as imagens antes de ver o filme, achei mal feitas, mas fica claro que Venom é uma gosma brilhante. O treco é até bastante expressivo. Não é o filme da capa do Spawn.

 

So que as cenas onde Venom é atacado por sons são estranhas no nivel de mal feito.

Mas vamos aos pontos que causaram mais falação. Venom sem o Homem Aranha. Funciona relativamente bem, lembrando mais a origem do simbionte no velho desenho dos anos 90, com o simbionte sendo trazido por uma missão espacial, misturado com elementos da versão Ultimate ( sem a aranha no peito) e detalhes posteriores, como a Fundação Vida.

Outro ponto é a comparação com o filme Upgrade. Um cara tetraplégico recebe um implante protótipo na coluna, o negócio é consciente, pode conversar, influenciar e aumentar os atributos físicos dele. É um filme bem legal, mas as semelhanças acabam ai.

E por fim, a violência, ou melhor dizendo, ausência dela. Claro que, como se trata de um filme sobre um monstro alienígena canibal o normal seria esperar um espetáculo gore, ou splatter pelo menos.

 

 

Mas não me fez muita falta. Nas HQs mais antigas, essas cenas eram sempre feitas fora do quadrinho ou usando silhuetas. Claro que deve rolar uma versão do diretor com tripas e tal, mas enfim.

O humor me pareceu fora do lugar em alguns momentos, muito exagerado as vezes mas nem todas as piadas acertavam. Mas lembrando bem, nos quadrinhos, Venom também tinha umas piadas bem ruins.

Os outros atores são meh, nada de bons, mas também não são da Escola Wolf Maya.

Há alguns furos de roteiro, e um em particular é imenso: como o simbionte das Filipinas descobriu que os outros estavam em São Francisco?

E é difícil relevar a peruca do Wood Harrisson no final.

Enfim. Venom não é um puta filme incrível e espetacular, mas é definitivamente bom e acho merecedor da grana que está fazendo.

Eu até veria de novo.

Com um sorriso no rosto.