Superman: Braniac

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Finalmente saiu em encadernado a aclamada fase de Geoff Johns no melhor personagem da DC (as morceguetes se ardem). Desta vez, o reboot  na origem do personagem e no fim de seu planeta natal envolve um de seus inimigos mais  clássicos.

Superman na verdade nunca enfrentou Brainiac. Aquele ser parecido com um robô com cara de caveira e que a cada vez derrotado retornava de aparência diferente eram na verdade sondas, seres robóticos ou até  mesmo orgânicos a mando de um ser recluso em sua nave. O objetivo de Brainiac permanece intacto: absorver conhecimento e tê-lo só para si. Por isso Kandor foi aprisionada. Por isso Krypton explodiu.

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Clark era muito novo para se lembrar do fim trágico de seu planeta natal, mas Kara ainda se lembra. Lembra do horror nos olhos de seus conterrâneos, de como o contra ataque kryptoniano às sondas não surtiram efeito algum, de Kandor desaparecendo aos olhos de todos e, finalmente, o ataque final. Quando Brainiac consegue o que quer, sua nave lança uma bomba em direção ao sol do planeta, fazendo com que ele entre em colapso, se expanda e destrua os planetas próximos.

Ao descobrir que nunca realmente encarou Brainiac de frente, Superman parte de encontro à nave do coluano. O que ele não sabe é que é exatamente isso que Brainiac deseja. Ao destruir Krypton, todo o conhecimento daquele planeta pertence somente à ele, mas isso não é verdade enquanto outros kryptonianos viverem, e não só Kal está em perigo, Kara também.

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Uma história muita bem escrita e fechadinha. Todos sabem que a DC de tempos em tempos refaz as origens de seus personagens. O cerne é mantido na maioria das vezes, como os valores e personalidade, mas alguns elementos acabam mudando. Essa nova origem do Superman era a mais recente até os Novos 52 cagar com tudo. Geoff Johns é o Bendis da Marvel, escreve mil revistas, é responsável pelas mega sagas, ditas as regra em relação à váris eventos e é superestimado, igual ao Bendis. e assim como a sua contraparte marvete, tem horas que acerta, e essa história é um desses casos.

Outro ponto importante apresentado aqui é a relação que Clark possui com seus pais, principalmente com Jonathan Kent. Um dos cernes do personagem é o caráter incorruptível que o mesmo adquiriu ao ser criado pelos Kent, e isso está muito bem mostrado. A relação de Clark com o pai é respeitosa e amorosa, e Jonathan está ciente da importância do filho e como ele é capaz de mudar o mundo, então sua missão é fazer com que o garoto tenha bons valores. O patriarca dos Kent aqui é o verdadeiro pai do Superman,e não um babaca que fala pro filho deixar um ônibus cheio de criancinhas se afogarem no rio, como no filme do Snyder.

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Outro ponto muito positivo é a arte de Gary Frank. O cara manda muito bem, tanto esteticamente quanto na narrativa, suas cenas de ação são ótimas, além da escolha de desenhar o Super com o rosto do Christopher Reeve, o que deixa os leitores mais nostálgicos (como eu) bem felizes com a familiaridade ao Superman do cinema que vale. A Edição não conta com extras, mas está bem caprichada, com capa dura e papel de qualidade, custando 25 reais, uma boa aquisição pra quem é fã do azulão ou apenas de boas histórias. E se interessar por comprar, aqui está o link na Cultura.

Godoka
21/09/2015