Sky Girls

Mais da velha Konami. Mas em anime.

 

Dias atrás mencionei Strike Witches como um exemplo de safadeza, em todos os sentidos, em usar fanservice com ferramenta de roteiro.

Mas Strike Witches foi meio que inspirado em um outro anime que saiu um tempo antes, Sky Girls.

Há muitas simularidades entre eles, como a premissa básica da historia, a ambientação militar, parte dos designs e uso de uma desculpa para usar fanservice. Isso pode ser por causa do caracter designer, Humikane Shimada, que trabalhou nas duas séries em um curto intervalo uma da outra.

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Mas Sky Girls é muito mais leve no sentido de fanservice. Vamos a premissa.

Anos atrás uma força extradimensional, chamada WORM invadiu o mundo. A humanidade derrotou os invasores mas à um alto custo, praticamente toda a população em idade  militar foi morta no conflito. E mais, o uso de armas semelhantes a bombas atômicas (mas sem a radiação) derreteu boa parte das calotas polares e houve imundações em boa parte da Terra.

Apesar disso, não é um cenário pós apocalíptico, mas definitivamente há menos pessoas do que haveriam hoje.

O problema é que ainda há ataques ocasionais dos WORM e para responder a isso as forças militares estão sempre pesquisando novas formas de combate-los. Um desses projetos é o Sonic Diver,  essencialmente é um exoesqueleto transformável, que pode virar um caça de combate para grandes altitudes e velocidades e um combatente humanoide.

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Para proteger o piloto das intempéries, o corpo dele é coberto um tipo de gel transparente, feito de nanomaterial. E o controle é feito o traje com um tipo de tiara, em conjunto de manetes e um sistema que copia o movimento da piloto.

E ai entra o fanservice.

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Devido à falta de pessoal qualificado, as pilotos são jovens garotas. A tiara de controle acaba ficando parecida com orelhas de gato. O plug do traje com o exoesqueleto parece uma cauda. E o traje em si é um tipo de maiô.

Na verdade, quem assiste vê menos do que parece ser para eles, pois uma delas reclama da transparência da roupa, mas para nós  parece um maiô normal. E ao contrário das garotas em Strike Witches, elas ficam bem desconfortáveis com os trajes (chamados Motion Slits) e quando de prontidão, na base antes do lançamento, usam um capote por cima.

Da mesma forma que em Strike Witches depois, o anime segue Otoha Sakurano novata em uma unidade de combate contra os WORM, a  13th Aviation Corp.

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As diferenças são, as protagonistas, apenas três ao contrário de Strike Witches, que tem quase uma dúzia. A equipe de solo tem homens e mulheres. O traje de combate não é o armamento padrão e eles na verdade tem problemas com outras facções tentando fazer valer outros projetos, incluindo um que usa a nave Vic Viper, o velho símbolo da Konami quando a empresa valia alguma coisa.

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Esse negocio de empresas de games financiarem animes é antigo. A Square faz muito isso.

O clima do desenho varia, as vezes bastante, em um mesmo episodio. Em um momento as garotas estão tranquilas e em meio de uma situação comica e de repente algo acontece, ou elas descobrem algo bem pesado e o clima vai para o outro lado da escala.

É uma série curta, com 26 episodios e os estranhos especiais, 9 deles, com a tripulaçao pescando. E é uma alternativa menos serviciosa à Strike Witches.

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Zweist
21/10/2015