Primeira Lei de Newton. Não falar sobre o clube de Newton.

Isaac Newton é reconhecidamente um dos maiores gênios da espécie humana. Não é pouca coisa e esse é um sujeito que fez por merecer.

O que não é de conhecimento geral são alguns outros pontos da vida de Newton.

Um dos grandes desafetos de Newton era um sujeito chamado Robert Hooke. Ele era um grande cientista e foi presidente da Royal  Society e tals. As brigas entre ele e Newton começaram por causa da gravidade e da ótica, entre outras coisas. E rapaz, o negocio foi feio.

Quando Newton começou a publicar sua grande obra, o Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, Hooke alegou ter ajudado, pois Newton teria usado parte de suas ideias.

Newton então resolveu contra atacar. Ele havia escrito os dois primeiros livros dos “Principia…” de forma bem acessível, então reescreveu o terceiro, tornando a matemática o mais complicada possível. Isso porque ele sabia que Hooke não iria conseguir acompanhar a matemática do texto e não poderia alegar que Newton estava usando suas ideias. A galera do Deixa Disso tentou fazer Newton fazer as pazes com Hooke e dar-lhe algum crédito. Então Newton mandou a famosa frase ” se enxerguei mais longe foi porque me apoiei sobre ombros de gigantes”.

Só que Hooke era baixinho e meio deformado. Então na prática, Newton estava agradecendo todo mundo desde a Grécia. Menos Hooke. Essa briga durou décadas e resultou que não temos noção de como era exatamente Hooke. Há descrições dele sendo baixo e com algumas deformidades, mas não há um retrato dele, estranho, pois os presidentes anteriores da Royal Society tinham sido retratados. A coisa é que, após a morte de Hooke, Newton foi indicado para o cargo de presidente da Royal Society e uma das suas primeiras ações foi queimar o quadro de Hooke.

A primeira Lei de Newton em ação

Outro de seus desafetos foi o matemático Gottfried Wilhelm Leibniz. Ele publicou um novo e avançado metodo de matemática, o calculo diferencial (o terror…. o terror…) e pouco tempo depois começou a desavença com Newton, que afirmava ter criado a mesma coisa anos antes. O problema é que Newton tinha um odio tremendo de ser criticado então não mostrou seu calculo para ninguém. Exceto Edmund Halley, um de seus poucos amigos. É, aquele Halley do cometa. Halley teria mostrado a Leibniz o calculo diferencial. Só que Leibniz negava isso.

A briga entre os dois e seus apoiadores durou anos, e apenas recentemente se convencionou que os dois tenham descoberto a mesma coisa independentemente.

Quando mais velho, Newton assumiu a cadeira de presidente da Casa da Moeda inglesa e recebeu uma missão espinhosa.
O mercado inglês estava abarrotado de falsificações.Algo do tipo 1 em cada 4 moedas. O método mais comum era chamado “aparar”. Anotem como se faz.

Pega-se uma moeda de ouro, corta-se pequenas partes da lateral, só um pouco. Em pouco tempo você junta bastante ouro. A solução de Newton foi inventar aquelas ranhuras na lateral das moedas. Isso identificava fácil as falsificadas. Mas Newton não parava por aí.

Ele pegava uns capangas e ia nos muquifos de Londres apanhar os falsificadores pessoalmente. E ele mesmo assinava a sentença dos caras. Enforcamento. Um sujeito com amigos influentes tentou acabar com a reputação de Newton. Lembram aquela coisa do calculo diferencial? Sobre Newton não aguentar criticas? Ele atacou esse sujeito com todas as forças e arranjou provas tão
contundentes que nenhum amigo poderoso poderia, ou pôde, livra-lo da gravata.

Newton também tinha um monte de idéias malucas, como sua obsessão com alquimia (algo bastante desacreditado já naquela época), e levava ele a beber mercúrio(!) ou aquele livro que ele escreveu com uma ordem cronológica da bíblia, com detalhes como dias e meses, baseado nos registros de posições de estrelas em certas passagens.

Considerando que ele nasceu prematuro e tão frágil que caberia em uma jarra de leite, Newton foi um sujeito que fez contribuições gigantes à ciência e a especie humana e mais importante, atormentou um monte de gente no processo.