Semana do Relativismo Tempo Espaço – A Guerra Eterna

A guerra mudou.

No distante futuro de 1997, houve o primeiro contato com alienigenas. Que não foi muito amistoso. Os misteriosos Tauranos atacaram e destruiram uma nave em missão de colonização, o que inicia um conflito violento.

Dada as dificuldades envolvidas nas longas viagens, não se pode dar ao luxo de enviar grandes contingentes para o combate. A solução é mandar elites com o melhor que a tecnologia pode oferecer. Um desses é William Mandella, que preenche os requisitos do alistamento obrigatorio, ou seja, QI superior a 150 e fisicamente apto.

O treinamento, feito em Caronte,  é brutal, e uma preparação para combates ainda mais brutais, seguindo o ponto de vista de Mandella, enquanto ele tenta entender as motivações dessa guerra e seu papel nela, bem pouco empolgado em fazer parte disso.

Um fator importante é justamente o efeito de dilatação temporal nas viagens espaciais. Essas viagens são feitas através de antigas estrelas em colapso, collapsars, que ligam vários sistemas estelares. No tempo que a nave leva para ir de um lugar para outro, dias, semanas ou meses na nave, anos se passam na Terra.

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Isso afeta diretamente os fatores sociais e economicos na sociedade que Mandella encontra entre suas viagens, e os efeitos são imensos. Então um grande nivel de choque cultural acaba acontecendo também, principalmente quando os efeitos das viagens fazem a idade “terrestre” de Mandela acumular mais de três digitos.

Como muitos veteranos, o autor, Joe Haldeman experimentou um certo “estranhamento” com a sociedade ao voltar da guerra, com muitas mudanças acontecendo ao mesmo tempo e isso se reflete no texto.

Haldeman veio do Vietnan com algo mais que lembrancinhas compradas no aeroporto. Trouxe também alguns traumas e isso se reflete no livro. Foi meio escrito como um post vingancinha à Tropas Estelares, o que ninguém esperava é que Robert A. Heinlein acabasse curtindo o livro e mandasse um parabéns para Haldeman, o que meio que estragou a vibe.

O livro gerou duas continuações bem posteriores, Forever Free e Forever Peace, além de uma musica do grupo Alphaville, Forever Young , três Graphic Novels belgas, que Haldeman inclusive ajudou a fazer.

Postiormente, arma gera um campo de estase, que obriga o uso de armas brancas

E podem ser adquiridos no templo do Eudes.

O que não avança é uma adaptação, em animação, para cinemas, que Ridley Scott estava tentando fazer, já há alguns anos.

É um livro muito bom, e os quadrinhos servem perfeitamente bem para quem não consegue ler sem desenhos, e um contraponto muito interessante à Tropas Estelares por exemplo, além de ter, algumas discussões bastante relevantes para hoje em dia.

Então é recomendação firme.