Semana das mangakás – Rumiko e sua obra

Não poderia passar em branco nessa semana sem mencionar a rainha das mangakás.

Ainda que esse seja um titulo que duas outras em particular possam contestar, Naoko Takeuchi com suas marinheiras e Hiromu Arakawa com seus alquimistas.

Mas afirmo, e sustento, que as duas são quando muito grãs duquesas. Afinal só Rumiko tem tal quantidade de sucessos.

Vamos apenas aos mais famosos:

Urusei Yatsura

 

 

Esse conheci décadas atrás num oculto VHS, lançado aqui como A Turma do Barulho. Claro.

Uma avançada raça alienígena, os Oni, ameaça invadir a Terra, mas como são gente boa, resolveram nos dar uma chance. O representante deles contra o nosso. O jogo é apanhar os chifres do competidor alienígena.

A princesa alienígena Lum contra o, escolhido aleatoriamente Ataru Moroboshi. Em resumo, ele vence, de uma forma que já deixa claro o caráter do sujeito. A bela Lum resolve ficar e se casar com tal poderoso campeão, após interpretar erradamente uma frase de Ataru. Isso se prova mais uma maldição do que uma benção para ele.

Com a primeira grande obra dela, aqui Rumiko já demonstra algumas de suas características mais marcantes: comédia romântica,  absurdo, elencos enormes e uns peitinhos porai.

Acho que é dela uma frase sobre a importância dos personagens: se não forem interessantes, não adianta a história ser boa.

Talvez por isso, e pelo fato de gerar dinheiro, teve 195 episodios, 6 filmes e 12 OVAs.

Ranma 1/2

 

 

Lum já havia sido um sucesso, até fora do Japão, mas foi com Ranma 1/2 que isso se consolidou.

Ranma é um lutador marcial que caiu em uma fonte amaldiçoada na China, então agora ao contato com água fria se transforma em uma mulher, voltando ao normal com água quente. Seu pai vira um panda e vão surgindo outros posteriormente.

Ele está prometido em casamento com uma das filhas de um amigo de seu pai. Qualquer uma. Então as duas mais velhas empurram a violenta Akane para esse compromisso. Segue o caos.

É perceptivel a noção que as três primeiras temporadas do anime são as melhores, por terem se apoiado no material do mangá.

 

Em Ranma 1/2, Rumiko mostra outro talento alem do humor, fazer boas cenas de ação e porrada, e isso se mostraria importante posteriormente.

InuYasha

 

 

Aqui Rumiko abandonou os peitinhos e boa parte da comédia para focar na ação. E em uma das coisas que vi como criticadas por algumas pessoas nas suas obras mais de comédia.

Os relacionamentos, ou antes dizendo, os interesses amorosos em Ranma 1/2 e Urusei são tão confusos e cheios de interligações quanto o quadro de conspirações do Questão.

 

Pensando bem, ainda não está no nivel de Ranma 1/2

Aqui, por ser mais focado na ação, esse elemento, embora ainda presente, é muito mais simples.

A estudante Kagame cai em um fosso nos fundos do templo onde mora e acaba indo para o Japão feudal. Lá encontra, preso em uma árvore por uma flecha, InuYasha, um youkai cão.

Ela o liberta e Kagame passa a ser perseguida por outros youkai, por ter dentro de si a Jóia das Quatro Almas.

A jóia acaba se partindo em um porrilhao de pedaços e se espalhando por todo o Japão. Então Kagome e InuYasha se juntam com o monge Miroku, a cacadora de Youkais, Sango, e o filhote de youkai Shipo para procurar as partes da jóia.

É meio como Dragon Ball quando DB  ainda  tinha uma  trama, mas sem Radar do Dragão. Só que eles tem um outro metodo de achar os fragmentos. Basta procurar algo terrível acontecendo. Isso porque  a jóia aumenta os poderes do Youkai que a tiver, mesmo os pedaços são perigosos.

As obras mais famosas de Rumiko costumam ser longas mas dificilmente cansativas, em especial em mangá, ja que há muito menos filler. E pelo fato de que ela conhece seu metier como poucos então sabe como conduzir uma história.

Não que suas obras mais curtas sejam ruins. Mermaid Saga, o flerte de Rumiko com o terror é um bom exemplo disso.

 

Felizmente (ou infelizmente) não é o outro tipo de sereia.

 

Uma boa forma de ver o estilao de Rumiko Takahashi é Rumic World, uma coletânea de histórias curtas. Mas é pra quem não quer arriscar ficar interessado demais e acabar  acompanhando as histórias.