Review da safadeza – Pixels sem assistir

Provando novamente que o SuperAmiches é a maior safadeza, resolvi fazer um review do novo desastre do Adam Sandler sem assistir. Até pensei em ver, mas tinha mais o que fazer.

 

Para me basear nesse review tenho as seguintes fontes: dois trailers que fui obrigado a assistir no cinema, a entrevista que os Irmãos Piologo fizeram com a besta e uma conversa que tive e daí um colega me contou mais ou menos o filme. É mais que o suficiente.

Um dia, nos anos 80, cientistas enviaram para o espaço sinais da nossa civilização (isso foi feito de verdade, mas não acho que da mesma forma que no filme) entre esses sinais haviam imagens dos games da época, pacman, donkey kong ,etc. O objetivo era mostrar para alguma inteligência alienígena que  estivesse lá, que nós estamos aqui.

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Então uma inteligência capta os sinais e por algum motivo resolve atacar a Terra usando os personagens das imagens dos jogos. Eles são todos pixelados como convém e atacam pixelando objetos e pessoas o que os destrói.

Eles lançam um desafio à humanidade. Se os humanos conseguirem deter a invasão em um certo números de lugares específicos, tudo de boas, senão eles destroem o mundo. O presidente do mundo EUA, o ator que faz aquela bosta de Segurança de Shopping, convoca então os campeões dos árcades dos  anos 80 para lutar pelo mundo.

Então vem Adam Sandler, Peter Dinklage (Tyrion de Game of Thrones) e outros dois caras. Como ia ficar uma festa da salsicha e hoje em dia é obrigatório um papel feminino forte, tem uma guria junto com eles. Claro, ela deve ser algo do governo. Não haviam mulheres nos fedorentos árcades dos anos 80.

Então tem o desafio de Centipede, de Pacman, que aparentemente  conta com a presença do criador do Pacman, Space Invaders e a finaleira com Donkey Kong.

O Q´bert aparece como uma espécie de premio quando ele vencem um dos desafios. A ordem parece que os humanos vencem um, perdem o do pacman, são acusados de trapacear em outro, o que causa a invasão se tornar mais violenta e vencem no final, naturalmente.

O Q´bert no final se transforma em uma boazuda que, supostamente, seria personagem de algum jogo, desconheço qual, ela não parece nenhuma personagem que conheço e deve ser inventada. Naquela época também não haviam mulheres protagonistas de jogos. Samus, a primeira, apareceria depois em Metroid do Nintendinho. Mas ai ela aparece e se casa com um dos caras, que tinha jurado se casar com aquela personagem na  época.

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Mas por outro lado, pra que encucar com detalhes?

Eu queria entender como caralhos a Nintendo permitiu o uso do Donkey Kong. Ela ainda está traumatizada com o fiasco descomunal do filme do  Super Mario e recusou proposta após proposta de adaptar jogos para filmes.

O elenco, com exceção de Dinklage, é infecto. Reunir dois dos maiores bostões da comédia americana num só filme é uma tarefa rara. Adam Sandler, que não faz nenhum filme bom desde sabe-se lá quando e o merdão do cara de Segurança de Shopping. Pra virar o supra sumo da boçalidade só faltou o Rob Schneider e o Martin Lawrence. Mesmo o anão deve estar ruinzinho. Não tenho como saber, mas pensando na performance morta que ele dublou no jogo Destiny, pode-se imaginar.

O conceito do curta que gerou o filme é legal, com certeza foi seguido o mais fielmente possível, já que é apenas um fiapo de roteiro, mas com certeza o projeto estava condenado a ruindade quando o elenco foi anunciado.

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Estranho, nunca senti tamanha vergonha alheia num cinema. Ninguém tinha como saber que eu conhecia todas as referencias ali, mas me senti envergonhado como jogador das antigueiras, e até como ser humano, vendo o trailer.

Eu não assisti, nem tenho planos para ver. Se um dia assistir, deverei estar bêbado ou com muito, muito tédio. E mesmo assim, não vou admitir que assisti.

Zweist
06/08/2015