Morte e Vida Franguerina

Don't walk awaaay... in siileeence...

Don’t walk awaaay… in siileeence…

Por que tudo o que é de borracha um dia morre.

Estimados amiches… esta deveria ser uma ocasião especial… afinal, depois de séculos, finalmente tomei vergonha na cara e passei a integrar de forma direta a postadura de nonsenseiras neste querido “ralo da internet” que tantas alegrias já me proporcionou seja no humor maroto de seus pÓstEs ou na amizade amiche que brota do oco brodístico em cada encontrulão. Contudo, quis a vida, esta vadia cruel, que a tragédia viesse ao meu encontro justamente neste momento de fugidia alegria.

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Inserir em sua mente o fundo musical de suspense de Psicose

É com pesar, amiches, que informo o falecimento de meu estimado Frango de Borracha, que tão cedo deixou este mundo insosso de vapor e concreto assassinado por suicídio na manhã deste último domingo (24/07). Frango de Borracha, minha fagulha de felicidade nesta tristeza viscosa que é a existência, foi vitimado pela crueldade de um Universo caótico entregue à agonia entrópica do Balde Primordial que segue cambaleando em constante delírio pelo éter do tempo. Sua dança louca há um dia de condenar a todos os seres ao mais causticante desespero.

 

 

Lembro ainda claramente. Recebi o Frango de Borracha das mãos de minha adorada Natalli na aurora do presente ano. Seus olhinhos curiosos, repletos de magia e sedución irresistible, capturaram-me para sempre em um abraço caloroso de látex (ou um componente plástico atóxico qualquer). Ah, como fomos felizes naquele verão. Sabe bem o Balde Cósmico quão fomos felizes. Quantos sorrisos. Quantas descobertas. Quantas alegrias. As  viagens… os passeios pela praia… as tardes preguiçosas na rede… toda aquela alegria hoje contrasta com meu mais absoluto pesar. Os sorrisos deram lugar às lágrimas. O semblante outrora tenro agora ostenta uma carranca funesta de agonia e terror.

 

 

Sem como poder externar neste momento toda a dor pela perda de meu querido Frango de Borracha (ou um componente plástico atóxico qualquer), reservo-me a escrever apenas algumas singelas palavras de modo a prestar uma última homenagem ao nosso honrado ente que se foi.

Ainda que imersos momentaneamente em nossa profunda dor, devemos notar que esta morte ocorre na sombra de uma nova vida… o amanhecer de um novo mundo… um mundo em que nosso querido camarada perdeu sua vida naquilo que pode ter sido um assassinato, suicídio ou uma sessão de asfixia erótica que deu muito errado (não vamos debater o íntimo de suas perversões sexuais no presente momento). Do meu amigo, só posso dizer o seguinte: De todas as almas que encontrei em minhas viagens, a sua foi a mais humana. KHHHAAAAAAAAAAAAAAAAANNN!! Digo… Adeus, meu amiche de látex (ou um componente plástico atóxico qualquer)… siga em paz para o além balde com a certeza de que, se eu não pude protegê-lo da entropia do mundo, ao menos hei de vingá-lo!!

Manhattan
01/08/2016