Mês da animação de ação – Thundercats

Nunca reuna tantos gatos num lugar só. Eles geralmente brigam.

Finalmente um dos pivôs desse mês temático e da ultima polemica entre fãs antigos e os donos da marca. E um dos grandes clássicos daquela década.

Antes de mais nada, vamos recapitular, num exercício que julgo ser quase desnecessário.

O planeta Thundera está indo pro saco, então há uma boa e uma má noticia. A boa é que seus habitantes conseguem fugir em uma pequena frota de naves. A má é que eles acabam estão vulneráveis ao ataque dos Mutantes, que tratam de destruir todas, menos uma, a nave onde está a nobreza do planeta, os Thundercats.

Os Mutantes acabam rechaçados, e Jaga, um sábio que estava no comando informa que irá direcionar a nave para um planeta com clima semelhante à Thundera. Como é muito distante, a tripulação irá fazer a viagem em capsulas de animação suspensa. Ele, não. Isso porque a batalha danificou o sistema de navegação da nave e alguem tem que ficar acordado para guia-la.

 

Vamos colocar logo essa imagem aqui. Alguem vai comentar sobre isso de qualquer forma.

 

Jaga morre no caminho, já muito envelhecido, e a nave se choca contra o Terceiro Mundo. O futuro lider, Lion-o está adulto devido a um problema na sua capsula, os mutantes os seguem, se aliam a um monstro local, Mumm-Ra e segue daí.

Na verdade, o desenho meio que chegou a ter um encerramento, é foi bem legal. Uma série de episodios onde Lion-o tem que enfrentar cada um dos outros Thundercats e vence-los em sua especialidade, para ser aclamado realmente como Senhor dos Thundercats e seu ultimo desafio era vencer em definitivo Mumm-Ra.

 

 

Poderia, e deveria, ter parado ali, mas era uma fonte de grana ainda a secar, então veio a segunda fase, com os novos Thundercats (o que não foi de todo ruim…ah…Pumyra….) ,os Lunatacks e um monte de historias que poderiam sumir no ar. E nem falei de Snarffinho. Pense numa versão mais jovem e ainda mais irritante do Snarf.

 

 

Vamos lá. Realmente a despeito da memoria afetiva, não é muito bom. Ou melhor dizendo, há uma maior quantidade de episodios ruins do que bons. Esses em geral são os que menos se aplicam à algum didatismo. Aquela tal coisa de explicar para as crianças não andarem em ruas escuras ou não aceitarem doces de estranhos. Thundercats não estava 100% imune à isso, mas era muito mais sutil que He-man ou Gi-Joe.

Há dois problemas básicos em Thundercats, e um eles conseguiam contornar, às vezes. Muitos episódios se resumem a lidar com os problemas que Mumm-Ra cria. Por exemplo, o episodio onde Lion-o enfrenta o samurai Hachiman, que foi invocado e enganado por Mumm-Ra. Em outro episodio, Mumm-Ra assume a forma do Rei Arthur para obter Excalibur que seria mais poderosa que a Espada Justiceira. São tramas quase iguais.

 

 

Há uma boa quantidade de episódios onde os Thundercats se veem as voltas com outros inimigos ou situações, sem envolvimento de Mumm-Ra.

Um problema que é muito mais presente, que é a qualidade questionável dos diálogos em boa parte do tempo, ainda que hajam coisas excepcionais. “Antigos espíritos do mal…” O bom é que a otima dublagem dava uma ajudada monstro nisso por aqui.

 

Uma quantidade de episodios maior do que o aceitável termina com risadas.

 

O aspecto técnico, visuais e som são muito bons. Carácter design, cenários, trilhas e musicas incidentais, tudo isso é favorável. Assim como um aspecto ainda mais importante e talvez o responsável pelas memorias boas. Os personagens são bons.

Certo, os que são ruins, são ruins mesmo, como os berbills, Snarf e os Lunatacks. Mas os bons são bem legais, até Lion-o, quando esse vai amadurecendo. Coisa rara encontrar um lider de equipe bem feito.

De fato, Thundercats é um desenho com alguns episodios bons, esses valem. O negocio seria selecionar bem. E isso é que são elas.