Mês da animação de ação – Rambo: A Força da Liberdade

Se vivêssemos ainda nos anos 80, com certeza absoluta haveria um desenho de Velozes e Furiosos e Sharknado.

Diabos! The Rock teria seu próprio cartoon onde ele viajaria pelo mundo resolvendo mistérios junto com suas sobrinhas e uma lhama falante.

Eu pagaria milhões por isso.

Mas vivemos nos sensíveis anos 10 e evitamos expor nossas crianças a coisas boas.

É por isso que nos anos 80 ícones da ação viraram desenho. Robocop, Vingador Tóxico, e naturalmente Rambo.

Rola o seguinte. O coronel Trautman, em resposta as ações da organização S.A.V.A.G.E.,um acronimo que deve ter dado muito problema em fazer funcionar, resolve reunir uma força tarefa composta da especialista em disfarçes Kat, o piloto Turbo, entre outros que apareciam pouco e importavam menos.

 

 

Tem que se tirar o chapéu para a S.A.V.A.G.E.. Seu líder, o general Warhawk era um homem muito a frente de seu tempo e acreditava no multiculturalismo e na diversidade antes de virarem mainstream, já que sua organização terrorista tinha gente de várias nações e cores. Ponto positivo para ele que poderia ganhar uma dancinha de apoio de algum movimento jovem.

 

“Acho que não deveriamos escovar os dentes com granadas.”

 

Há dois destaques positivos aqui. Ou 1 e 1/2. As musicas são as musicas dos filmes. Então cara, são boas e reconhecíveis.

E numa inversão absoluta das regras da época, as armas atiram balas! Não são raios laser, mas bom e velho chumbo. Tá certo que não acertam ninguém, mas a intenção é o que vale.

 

 

Curiosamente, isso acaba sendo mais fiel ao primeiro filme, onde Rambo faz o possível para não matar os policiais que o perseguem.

Outro detalhe é que esse desenho foi o primeiro crossover entre Stallone e Schwarzenegger!!!

Quer dizer…. mais ou menos.

Os dubladores deles pelo menos. No Brasil. E na verdade é bem provavel que já tenham trabalhado juntos antes.

Raios.

 

Na época só podiamos sonhar.

 

A animação até que não é ruim, em particular se lembrarmos que o desenho é da produtora Ruby Spears que fizeram muita merda. Então até que está ok.

 

 

As cenas de ação são bem feitas até.

Só que apenas isso não é o bastante para sobrepujar os roteiros de medianos para ruins e as caracterizações dos personagens. É assistivel, numa falta absoluta de opções.

Digamos assim: É possivelmente o melhor desenho da Ruby Spears.

Mas isso é apenas como dizer que o segundo colocado é o campeão dos perdedores.