Mais uma reflexão sobre polêmicas: Paralimpíadas!

logo-paraolimpiada-rio-2016

Senta que lá vem história.

Pra começo de conversa, só queria deixar claro que eu não acompanhei toda a história e nem vou acompanhar. Sou só um civil que calhou de ver isso passando pela sua procrastinação diária na internet.

Eu também não estou me preocupando muito em passar informações precisas. Só quero tirar esse peso do meu coraçãozinho.

Certo. Então começando do começo: Estava eu aqui, fazendo nada de útil e vejo uma campanha da revista Vogue (aquela dos trecos das modas, sabe?) sobre as Paralimpíadas. Até aí tudo ótimo né? Digo… é uma causa MUITO nobre, de atletas incríveis e que se superam a cada gota de suor derramada. E a revista tem um alcance e visibilidade que não podem ser escritos. O que é ótimo pra todo mundo.

O ponto é que a campanha utilizou a Cléo Pires e o Paulo Vilhena como seus protagonistas. Ambos estavam representando os atletas paralímpicos, assim Cléo aparecia sem um braço e Paulo com uma prótese no lugar de sua perna. Dêem uma olhada na imagem:

cleo-pires-paulo-vilhena-paralimpiada-3

Em primeira instância eu achei isso ok, porém não demorou muito para eu me sentir incomodado. Bastante incomodado. Deixa eu explicar o meu ponto: Eu entendo a intenção da campanha. Entendo que é para chamar a atenção e apresentar ou colocar o evento em destaque. E sei que isso é importantíssimo.

Entretanto, entendo também que é uma tentativa de polemizar, de chocar (e muita calma aqui, volto a mencionar que é só a minha visão sem nenhum tipo de análise decente por trás). Isso, por si só não é um grande problema, mas acaba ofuscando a “real proposta”: Promover as paralimpíadas.

Dando um exemplo bastante prático, dêem uma olhada nesse video aqui:

Acabei encontrando pela internet depois de ver essa campanha. Meus olhos marejaram pela primeira vez que o vi. Na realidade, tenho que confessar que meus olhos marejaram todas as vezes que dei play.

As propostas, EM PARTES, são diferentes, porém fica evidente a comparação que pode ser feita. Ali não tem imagem Photoshopada. Não tem tentativa barata de chamar atenção. Não tem um monte de justificativas tentando explicar algo mal colocado. Ali tem amor. Ali tem a luta diária de cada uma das pessoas, não somente durante a prática esportiva, mas sim durante sua vida. Ali tem a superação. Ali tem a paixão e vontade de fazer o que precisa ser feito. E é isso que me emociona. Uma proposta simples, executada de forma magistral, sem tentar reescrever a história.

E não me levem a mal por isso, eu acho ótimo a Vogue lançar uma campanha “poderosa” para promover os jogos. O que me deixa triste é que isso foi aproveitado de uma forma muito pobre, especialmente quando comparamos com materiais do tipo do comercial. Isso é algo poderoso de verdade, mostrando que não é preciso ir longe  para conseguir inspirar e contar histórias incríveis de superação. E, mais importante, sem precisar de qualquer tipo de aviso, vídeo ou artigo se retratando e explicando as motivações que nortearam a(s) decisão(ões) criativa(s).

Beijos pra todo mundo!

 

PS: Não temos direitos sobre nenhum material divulgado no post, todos foram encontrados na internet e o site não possui nenhum tipo de monetização, ;).