Konosuba

Ou Kono Subarashii Sekai ni Shukufuku Wo

Um aspecto de ter uma produção tão massiva de, no caso, animes, é que surgem nomes para generos, as vezes bem especificos.

No caso, Konosuba está num genero que podemos chamar “realidade ao jogo” ou Isekai. Onde o cara vai do nosso mundo para um cenário de fantasia. Na verdade, vou abordar alguns deles por um tempo.

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Kazuma Satou é um hikikomori (um sujeito que se isola no quarto, evitando o máximo de contato humano e vivendo de consumir animes e/ou jogos. É quase um tipo de misantropia grave), mas ele se arrisca a sair para comprar uma edição limitada de um jogo. Nessas ele salva uma garota de ser atropelada por um caminhão e heroicamente perde a propria vida.

Ou assim ele pensava.

No além, ele é recepcionado pela deusa Aqua que manda a real. O caminhão era um trator, andando bem devagar. A garota não iria morrer. Ele morreu pelo susto de ter pensado que foi atropelado. Ele se mijou todo. A equipe médica se rachou de rir da forma da morte dele. A familia dele se rachou de rir. E ela está se rachando de rir também.

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Mas Aqua dá pra ele três escolhas. Ir pro céu como um velho que só vai poder se banhar na luz do sol, começar uma nova vida do zero, ou, o mais popular ultimamente, ser mandado para um mundo de fantasia ameaçado por um rei demonio. O lance é que ele vai poder escolher alguma coisa para ser levada com ele, como uma super arma ou um poder incrivel.

Como Aqua foi escrota o tempo todo com ele, Kazuma resolve leva-la então.

E eles só se fodem. Mas isso pode ser o karma, porque ambos são pessoas horriveis, nivel Seinfeld de escrotidão. Eventualmente se juntam a eles a cavaleira cruzada, Darkness, que é resistente pra cacete, mas incapaz de acertar um golpe que seja; e a maga escarlate Megumin, que pode usar a magia Explosion, quase uma arma nuclear. O problema é que ela só usa essa magia, e só consegue fazer isso uma vez por dia.

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É esse grupo de bostas que tem que enfrentar o rei demonio.

O lugar é bastante calcado nas mecanicas de RPG mesmo, com eles recebendo cartões onde podem controlar seus atributos e niveis.

A animação é inconstante, para dizer o minimo. Em boa parte dos episodios é até mal feita, mas é estranho que isso meio que se tornou uma marca da série e na verdade quase não incomoda. Em particular no primeiro episódio da segunda temporada, no entanto, os modelos dos personagens parecem feitos por alguém doente.

Konosuba acaba sendo uma desconstrução desse tipo de anime. Kazuma não muda com as novas experiencias, continuando a ser um babaca e nem se torna um fodão. Seu grupo poderia acabar se tornando um daqueles haréns de anime, mas Kazuma vê as três mais como um fardo, e não sem razão.

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Mesmo com problemas como a animação, como falei, inconstante, e um elenco de dubladores na maioria novatos, o anime foi considerado uma das melhores comédias de 2016 e merecidamente.