Jogos Datados – Max Payne 2

Quando fiz o post sobre o primeiro jogo, minha ideia inicial era fazer uma trilogia. Bem, agora que terminei recentemente o terceiro e revisitei o jogo tema desse post, acho que posso prosseguir.

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Max Payne 2: The Fall of Max Payne foi lançado em 2003, e foi uma iniciativa de 3 grandes empresas de games. A Take Two havia comprado os direitos de franquia da Remedy, porém a antiga dona dos direitos focou responsável pela criação do jogo, e a Rockstar entrou como distribuidora do produto final.

Em termos de jogabilidade, pouca coisa se alterou, o que foi muito bom, já que a jogabilidade simples e direta do primeiro jogo era uma dos grandes atrativos. Uma mudança significativa foi o bullet time, que agora era ativado de duas maneiras, quando Max saltava e que não consumia a barra de tempo, ou pressionando o botão para ativar simplesmente. A mediada que os inimigos são mortos durante o bullet time, a barra de tempo se recarrega e Max fica mais veloz, principalmente na hora de recarregar as armas.

Quando o personagem principal começa o jogo nesse estado, tu já sente o drama.

Quando o personagem principal começa o jogo nesse estado, tu já sente o drama.

Em termos gráficos, o jogo deu um velo salto em relação ao primeiro. A cara achatada e sem movimento do primeiro jogo deu lugar a um modelamento 3D muito bonito pra época (ainda acho bonito hoje em dia), não só os personagens, mas a textura dos cenários melhorou consideravelmente também. Outro ponto de evolução importante era a física do jogo, a interação maior com os objetos ao redor, a maneira com que os inimigos reagem aos tiros de armas diferentes.

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E como não poderia ser diferente, o grande atrativo do jogo, além de sair matando geral, é o roteiro. Max conseguiu se safar das acusações de assassinato do primeiro jogo, acabou virando um policial herói da divisão de homicídios, trabalhando ao lado de Jim Bravura, seu antigo perseguidor. Uma noite, Max atende um pedido de socorro de Vladmir Lem, seu amigo e traficante de armas que estava sendo acuado em seu novo restaurante Vodka, a antiga boate Ragnarok do primeiro jogo. No meio da confusão ele descobre que alguém o quer morto.

Max Payne 2 - The Fall of Max Payne2

Como se a dor de cabeça não fosse suficientemente grande, os mortos resolvem voltar pra dizer olá. Na verdade bem mais que olá. Mona Sax, a assassina de aluguel que aparentemente havia morrido com um tiro na cabeça no primeiro jogo também está de volta, mais femme fatale que nunca. Mona também está com a cabeça a prêmio, e seus contatos podem ajudá-los a descobrirem quem é o responsável por isso. Mas nada é fácil na ida de Max, e a sua vida volta a se tornar um inferno.

Assim como o primeiro jogo, parte da história é apresentada no formato de hq, só que dessa vez o uso de cutscenes foi adicionado, e funcionou absurdamente bem. Pra quem jogou, não tem como esquecer da cena de Max saltando da janela de um prédio em chamas e explodindo, na época eu achei do caralho. Eu ainda acho do caralho. Se tem algo a ser apontado como negativo, eu diria que são as missões na qual você deve proteger outro personagem. Tudo bem que trouxe uma dinâmica nova para a franquia, mas eu acho isso chato pra caralho. O jogo conta com 2 finais, sendo que o segundo só é disponível quando se joga no modo difícil. É um final um pouco menos triste, mas se levarmos em conta os rumos do terceiro jogo, ele não foi levado em conta.

Em time que está ganhando...

Em time que está ganhando…

Apesar da sua qualidade inegável, MaxPayne 2 não foi muito bem recebido, o que esfriou por um bom tempo as chances de continuação da franquia. Os ventos só mudaram quando a Rockstar anunciou a compra dos direitos da série, mas isso é história pra outro post.

P.S.: Algo que não posso deixar de citar é a música tema do jogo, Late Goodbye, um poema do criador do jogo Sam Lake e que foi transformado em música pela banda finlandesa Poets of the Fall, a qual me tornei fã após conhecer pelo jogo e já fiz um post a muito tempo atrás aqui no site.