Iron Maiden – The Number Of The Beast

Révi métau!The Number Of The Beast

Toda banda tem um disco que simboliza o seu ápice, o seu melhor momento criativo. Acredito que no caso do Iron Maiden esse disco é The Number of the Beast, de 1982. Esse disco também marca um período importante de mudanças na banda, com a entrada do jovem e pouco conhecido vocalista do Samsom, Bruce Dickinson, e também é o último com a presença de Clive Burr na bateria, posteriormente substituído por Nicko McBrain.

http://youtu.be/63gdZAsl62E

Em relação às composições, são oito canções inéditas e em sua grande maioria compostas pelo baixista e líder da banda Steve Harris. Em termos de sonoridade, The Number… se mostra no ponto de interseção do Maiden da época de Di’Anno nos vocais, com canções mais cruas e rápidas, e o estilo de canções mais complexas e trabalhadas que seria iniciado no seu sucessor Piece of Mind até os dias de hoje.

http://youtu.be/b91rSw4xuYY

A música que abre o disco é Invaders, uma faixa nos estilo dos álbuns anteriores, crua, rápida e direta. Na sequência vem uma das minhas favoritas e donas de uma das mais belas introduções, Children of the Dammed, onde Dickinson mostra uma capacidade vocal muito além de seu antecessor. A terceira música, The Prisioner, baseada no filme de mesmo nome (inclusive utiliza diálogos do mesmo em sua introdução) figura entre uma das favoritas dos fãs.

http://youtu.be/XQraxqfL8SI

22 Acacia Avenue, outra das minhas favoritas, dá continuidade à saga de Charlotte iniciada na canção Charlotte the Harlot, do primeiro disco da banda. Começando a falar das mais famosas, chegamos na música que dá nome ao disco. Segundo conta a história, Harris escreveu The Number of the Beast após acordar assustado de um pesadelo que teve depois de assistir o clássico A Profecia. Houve um tempo (e ainda acredito que isso aconteça) em que todo fã de metal conhecia essa música, e sabia cantar pelo menos o seu refrão. Simplesmente uma das músicas que definem o metal.

http://youtu.be/h7vP1SAR7eA

Run to the Hills, a música seguinte, é outra que entrou e nunca mais saiu do setlist dos shows. Na minha opinião de merda essa é uma das letras mais bem trabalhadas do disco, narrando a expulsão dos nativos americanos pelos colonos para o oeste tanto da visão dos índios quanto dos colonos. A sétima faixa, Gangland, passa quase voando com um ritmo que lembra a faixa de abertura. E no final, mas não menos importante, a música mais bonita composta pelo Maiden, Hallowed be Thy Name. A letra narra os últimos momentos de um condenado à morte por enforcamento, passando por seus medos, raiva, arrependimento e aceitação. A maneira com que a música é conduzida, tanto na parte instrumental quando na interpretação de Bruce é de arrepiar. Se todo o resto do disco fosse ruim, o que está longe de ser o caso, e ainda tivesse essa música ainda sim valeria a pena tê-lo.

http://youtu.be/QqF1ALFPdW4

A versão remasterizada ganhou mais uma faixa, Total Eclipse, que sinceramente não me agrada nem um pouco pois foge completamente do padrão das músicas apresentadas no disco. Outro ponto importante é a capa do disco, senão é o trabalho mais elaborado de Derek Riggs, com certeza foi um dos que mais gerou polêmica, devido a presença de uma figura demoníaca. Na época disco foi perseguido pela patrulha do moralismo pelas composições apresentando temáticas mais sombrias e pela famigerada capa, em que o mascote Eddie aparece controlando o demônio e o cramunhão por sua vez controla uma miniatura do mascote.

http://youtu.be/d0eUTGMjEkM

Esse disco, juntamente com Killers, está na minha discografia básica, além de na época ter formado a minha base na musicas na procura de novas sonoridades. Se você nunca ouviu nada de Iron Maiden vá tomar no seu cu primeiro, e depois ouça esse disco. E faça um favor a si mesmo, não ouça nada que eles lançaram após Dance of Death que tá uma merda.

http://youtu.be/KqUrtudm6sA

http://youtu.be/cn7Do0ew4SM