Demolidor #13

Não é ruim, é só medíocre.

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Eis que chega às bancas a edição de número treze do Homem Sem Medo, a segunda da “nova” fase com roteiros de Charles Soule. Essa edição reúne os números 6 a 9 da publicação mensal além da Daredevil Annual 1, publicação geralmente fora da cronologia das revistas de linha e com autores convidados. Na parte mensal, a revista já começa com um encontro nada amistoso entre Demolidor e Elektra. A assassina parte furiosamente para cima de Murdock atrás de respostas quanto ao desaparecimento de sua filha, uma garota dada para adoção há onze anos atrás. Além de ajudar seu antigo amor, Murdock também tem que trabalhar com o fato da menina também ser supostamente a sua filha.

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E outra história, vemos o advogado cego agindo disfarçado em Macau, a equivalente a Las Vegas da China, Assumindo uma identidade falsa, Murdock está atrás de uma maleta de conteúdo misterioso que pertence à Gata Negra. A maleta se encontra no andar mais protegido de um cassino controlado  pela Tríade, e para conseguir colocar as mãos nela, o Homem Sem Medo chama um dos seus mais antigos amigos Homem Aranha pra dar uma forcinha. Mesmo com as cores escuras e com o visual mais pesado da bagaça, presença do Aranha consegue dar uma iluminada nessa nova fase do Demolidor.

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Em Demolidor Anual temos duas histórias, sendo a primeira Retorno de Eco, com roteiro de Charles Soule e desenhos horríveis de Vanesa Del Rey. Aparentemente Eco também voltou do mundo dos mortos e, ao acompanhar um amigo em concerto de rock, acaba presenciando mais uma tentativa do Garra Sônica de tomar a cidade. Como o concerto é na Cozinha do Inferno, Eco encontra o vigilante antes do mesmo ser controlado pelo vilão e juntos ambos tentam deter Klaw. A segunda história é a curta Fragmentos, desenhada por Ben Torres e escrita pelo veterano Roger McKenzie, que trabalhou com Frank Miller no Demolidor. A história se passa em algum ponto no passado e é um breve confronto do de Murdock contra o Gladiador, uma breve homenagem a fase mais emblemática do Demolidor, com páginas que dão vontade de reler a passagem de Miller do personagem.

QUE COISA HORROROSA!

QUE COISA HORROROSA!

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Eu já li muita coisa ruim nessa vida, por isso digo  que a fase de Charles Soule não é totalmente uma merda, é só absurdamente medíocre. Talvez ela pareça pior por ser precedida pela fase do Mark Waid, essa sim já pode ser chamada de clássica. O fato é que Soule pegou um baita desafio e não conseguiu segurar o rojão, mesmo com umas sacadas interessantes como, por exemplo, a criação do novo herói Ponto Cego, algo promissor mas não muito bem trabalhado. Na revista anual, o que as páginas de McKenzie e Torres tem de legal, a parte que ficou por conta de Soule e Del Rey tem de horríveis! Não são só os desenhos da moça que são (muito) ruins, a história também é uma porcaria.

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Se você por acaso ainda não comprou essa revista e está com medo de deixar um buraco na sua coleção pode ficar tranquilo, não tá perdendo muita coisa. Ainda pretendo comprar a próxima edição (se sair), mas se ela mantiver o nível dessa ela será a última sem nenhum arrependimento.

Godoka
27/07/2017