Ontem fui comprar pão para comer com mortadela (pois sou pobre) e vi na “lojinha do tio Macalé” um DVD envolvido em um plástico suspeito do filme Como treinar o seu dragão. E eu como bom cidadão que sou me desloquei até o centro da cidade, fui nas lojas que têm produtos originais e comprei por 20 reais o DVD original, pois não colaboro com a pirataria! tem botão de sarcasmo nessa porra?

Bem, falarei primeiramente do visual do filme. Gostei muito de sua estética, os dragões são legais esteticamente, uns soltam fogo, outros ácido, outros água fervente, eles são bem bacanas, cheios de espinhos, dentes afiados e tudo mais, uns são bem diferente dos outros, de tamanho e proporção. A relação dos personagens é bem construída, no caso do dragão com o menino, que falarei mais para a frente. A trilha sonora do filme é muito boa, em momentos de tensão ela fica foda demais! Escutem se quiser!

A história se passa em torno do Soluço, um adolescente magricelo que vive em uma aldeia de Vikings grandes e fortes. Essa aldeia tem problemas com dragões gigantes que cospem coisas nocivas à saúde. Soluço sonha em tornar-se um guerreiro da sua aldeia, como o seu pai que é o líder, mas ele não é muito jeitoso para essa coisa. Isso até uma fatídica noite  em que ele consegue acertar na cagada o dragão mais temido da aldeia, chamado fúria da noite, mas ninguém acredita nele e ele vai atrás do dragão sozinho.

A história trabalha muito com a ignorância do Viking a respeito dos dragões. Eles acreditam que os dragões são “máquinas mortíferas“, e que eles devem ser mortos no momento em que forem avistados, mas o Soluço encontra o “Fúria da noite” e descobre que não funciona muito bem assim, que tudo o que eles achavam que conheciam dos dragões era errado. O Fúria da noite acabou se machucando com a queda, fraturou uma parte da sua calda e não conseguia voar. A relação que Soluço constrói com o Banguela (apelido que ele dá ao Fúria da noite) é uma relação legal, não é nada forçado nem nada, ele demora para conquistar a confiança do Banguela, tanto que ele constrói um equipamento que faria o Banguela voar de novo, mas apenas se tivesse sendo montado por alguém.