Beat´em ups- Vivos ou Mortos?

Ahh…Beat´em ups…. para mim são o arroz e feijão dos games. Simples, conhecidos, mas se bem feitos, deliciosos.
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Nota, parar de escrever antes do almoço.Mas continuando, esse é um gênero bastante antigo de games e como vários desses tipos, hoje está enfrentando um dilema existencial. Quer dizer, onde estão os beat´em ups hoje em dia? Dá pra colocar jogos como God of War, Devil May Cry ou a série Dinasty Warriors e derivados no balaio dos beat´em ups , junto com os clássicos? Difícil dizer.Mas vamos por partes. primeiro o que é um beat´em up? A grosso modo, um jogo onde o objetivo é socar seu caminho entre multidões de inimigos até chegar à um chefão. Chute o saco dele. Vença e avance de fase. Repita. Enxague. Como eu disse, simples.Para ver essa resposta, vou tentar analisar com minha experiência pessoal. Felizmente joguei um bom número deles e seus primos os hack´n slash.

Bem comecemos com….

…………..?

Não sabem o que é hack´n slash?

Dê uma espada ou outra arma branca para um protagonista de beat´em up e terá um hack´n slash. Significa literalmente, Bater e Cortar.

Posso seguir? Bom.

E por onde melhor começar do que um clássico absoluto, ainda um dos sinônimos do estilo?

Double Dragon.

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A historia. Uma gangue sequestra Marion, a namorada de um dos irmãos Lee, Billy e Jimmy. Não sabemos de qual deles. Isso vai ser importante mais pra frente. Segue-se múltiplas surras e fraturas ao redor pela cidade. O arsenal dos beat´em ups já está estabelecido nessa época. Socos, chutes, agarrões e a mais eficiente das armas, a voadora. Quem nunca experimentou a suave sensação de limpar o caminho à frente com uma voadora? Poesia em movimento.

Mas enfim, os Lee chegam ao chefão, e o derrotam, mesmo o bastardo tendo uma METRALHADORA. E lembram que eu disse que não se sabia de qual dos irmãos, afinal, a Marion era namorada? Pois bem. Se você chegar até esse ponto com seu irmão, vão ter que lutar até a MORTE para saber quem fica com ela. Puerra. Ela é neta da Olivia Palito, que ficava com o mais forte? E nesse caso, seria neta de quem? Do Popeye ou do Brutus? Ou de um cara ainda mais forte? E porque pensei nessa bobeira?

Quais joguei da série: O de Arcade, no saudoso espaço de fliperamas no Playcenter (putz, como sou nerd. Em vez de ir nos brinquedos, ficava jogando fliper…. mas por outro lado a fila pra jogar era grande e meus primos e eu nos envolvemos em uma briga real para ter esse privilegio. Não sei se isso é legal ou imbecil) O do Master System, que foi uma longa busca para arranjar. As versões de NES. Double Dragon II é vital para sua existência. Jogue. Super Double Dragon do SNES. Meu segundo jogo. Me arrependo de ter trocado. Tem excelentes remixes das músicas clássicas, um porrilhão de golpes e gráficos fantásticos. E se quer saber, a versão de luta do Neo Geo, tipo Street Fighter, é muito boa.

NOTA 8/10 Não dá pra negar. Só perde uns pontos porque a série se permitiu aberrações como Double Dragon 3 e aqueles de luta, tipo Street Fighter, do SNes e Mega. Eram baseados naquele cartoon pavoroso. E é melhor eu parar aqui, ou começo a pensar no filme e tiro mais pontos.

Altered Beast

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Ok. Como muitos caras da minha geração eu vi o comercial do Mega Drive, que mostrava a transformação em lobisomem e aquilo me bastou para correr atrás do jogo. Dois problemas aqui. Aquela sequencia de transformação detalhada era só para o lobisomem. Os outros seres tinham sequencias muito mais simples. E o outro problema era que eu tinha um Master. E como tinha ganho no ano anterior as chances do meu pai comprar um Mega eram nulas. Então fui atrás da versão do Master. E não me decepcionei. Tá só um pouco quando joguei a versão do Mega dos meus primos e descobri que tinha uma fase e uma fera a mais, o urso. E que tinha vozes (tá, duas frases e risadas) . Mas a jogabilidade, quanta alegria, seja qual fosse a versão. E pelamor, vão ouvir a versão do Megadriver para a música tema. Foda.

Você é um soldado romano sem nome, erguido de sua tumba (Rise from your grave!!) por Zeus para resgatar sua filha Athena das garras gosmentas de Nef, que provavelmente não iria se casar com ela depois. Então vai você, abrindo caminho por hordas de seres malignos, para salvar uma deusa da guerra, filha do maior dos deuses, de um deus-demônio. Mas para fazer essa missão insana você conta com esferas, convenientemente colocadas no dentro dos corpos de lobos brancos de várias cabeças. Toque-as e você se torna um cara forte pacas. Arranje outra e vai virar um cara gigantesco, um tipo de caminhão humano. E com a terceira, ai sim, na forma de um homem-fera, que muda a cada estágio, vai poder massacrar mortos-vivos e monstros até o inferno. E poder socar a cara de Nef. O triste é que, como a eterna deusa virgem, não vai rolar nada com Athena….

Joguei as versões do Master, claro e do Mega. Teve uma paulada de versões, para um cacetal de consoles, até….. PARA O NINTENDINHO!!! AAHHH!!!! Durante a fase mais sangrenta da luta Nintendo-Sega. Queria saber como isso. E pelo que soube, algumas versões tem feras diferentes e tal. Não fui atrás da versão do PSOne, Project Altered Beast. Feras criadas por dna o cacete. E realmente dizem ser muito ruim.

NOTA 7/10 Não dá pra negar que, fora o fator nostalgia e uma coisa ou outra como a música, o jogo não envelheceu bem. Tem poucos golpes, mesmo comparado com jogos mais antigos e é muito, muito curto, mesmo para um nascido em arcade.

Michael Jackson’s Moonwalker

Pois é. O rei do pop já teve um beat´em up. Isso foi no começo da década de 90 quando Michael era ainda um tipo de deus-vivo para o mundo e não uma aberração triste e segundo alguns, pervertida. Fui muito duro? Sempre tive pena dele, um cara que não teve um único amigo de verdade na vida, daqueles que te dão uma sacudida e falam “Pára de fazer merda! Pára de convidar crianças para esse lugar, seja lá por qual motivo! Porra!” Ou parentes que se importam com você e não com sua grana, para fazer o mesmo. Mas divago.
Naquela distante época, Michael se aproximou da Sega e veio à luz o jogo. E digamos assim, não é aquilo tudo. Tá, tinha Michael Jackson e as músicas, muito bem adaptadas para Mega e Master. Mas a jogabilidade deixava a desejar. Resgatar as criancinhas (porra Michael…), ficar indo de um lado ao outro como uma barata sem cabeça, pois depois de encontrar uma delas, não ficava nenhuma indicação que você já fuçou ali. E as fases não eram lineares e sim meio labirínticas. Enchia o saco, principalmente quando só faltava uma para resgatar. E não tinha chefes de fase, só ondas de inimigos normais em sequencia. Mas tinha um bom arsenal de golpes (sem voadora?! Mas seria estranho ver isso) e uns movimentos inúteis mas legais como o Moonwalk e a também clássica segurada no saco.

Joguei as versões do Master e do Mega, que tem algumas diferenças entre elas, além das óbvias, gráficos e som. A versão de Arcade só joguei um pouco, mas pareceu muito boa, e era muito dificil.

NOTA 6/10 Os pontos fracos do jogo infelizmente se sobrepõe as suas qualidades.

Spider-Man

Joguei vários jogos do Aranha, e realmente tinham muitos. Então vou só falar brevemente de cada. Não joguei o mais recente Shattered Dimensions (mas pretendo) ou o anterior, Web of Shadows. E nunca achei uma cópia que me funcionasse de Ultimate Spiderman. Catzo.

Spiderman vs Kingpin: Master System, joguei muito pouco, e nunca cheguei ao fim, pois ganhei pouco tempo antes de trocar meu Master por um Mega. A jogabilidade era meio travada. A versão do Mega por outro lado era muito mais interessante, com a necessidade de tirar fotos para ter dinheiro para a teia e bons controles. NOTA 4 (Master) NOTA 7 (Mega)

Spider-Man: The Video Game: arcade. Era muito bom interessante, quatro jogadores, sprites imensos, um grupo incomum de personagens (além da Gata Negra tinha o Namor e o Gavião Arqueiro, mas que porra dois vingadores faziam ali, sei lá) e todos tinham golpes bem diferenciados uns dos outros. Foi a primeira vez que vi o Venom. NOTA 8

Spider-Man/X-Men: Arcade’s Revenge: Usando um dos vilões mais ridículos da Marvel (e isso não é fácil de ser) o Aranha e os Xis-Mein estrelam um joguinho bem furreca. Gráficos toscos mesmo para o principio do SNES e jogabilidade ruim. Não sabia quem era o Gambit e preferia não ter descoberto. NOTA 3

Spider-Man and Venom: Maximum Carnage: também joguei pouco pois só alugava. Não era ruim, mas a presença massiva do Carnage e a jogabilidade meio enjoativa não me empolgaram para comprar. Não joguei o bastante para dar uma nota. Pensando bem, isso já é uma nota.

Spider-Man: The Movie e Spiderman 3 (PS1 E 2) Baseados nos filmes. O primeiro me empolgou bastante. Muito bem construído, em cima da engine de Tony Hawk e não se prendeu muito no filme, o que também aconteceu com Spiderman 3 do PS2. Isso permitiu que se usassem mais vilões, que não apareciam nos filmes e tal. Não fiz replay na versão do PS2, o que, para mim significa que não me cativou. Repetitivo, mas repetitivo-chato, não repetitivo-legal. É, tem diferença. NOTA 7 (PSOne) NOTA 4 (PS2)

SPLATTERHOUSE
Splatterhouse
Hehe. Agora a coisa fica feia. De todos os que já mencionei é o único que checou na atual geração, ainda que tenha pulado algumas, como uma maldição. De toda forma, vejamos, os dois primeiros são parecidos, side-scrollers. O terceiro mudou o esquema para uma movimentação mais “Double Dragon”, múltiplos finais e uma historia mais elaborada. Ah sim.
A história. Rick e sua namorada Jenny vão até a mansão West para uma pesquisa de parapsicologia. Demonhos e outros seres do inferno raptam Jenny, a namorada de Rick e dão um cacete brabo nele. Ele ouve uma voz em sua mente e vê uma mascara bizarra à sua frente. A máscara é quem está falando e lhe diz que, basta coloca-la no rosto e ele poderá sobreviver e terá poder para resgatar Jennifer. O que você faria? É, eu também. Mas Rick está em um filme/game de terror. Ele não tem bom-senso, ou nem teria entrado na mansão pra começar.Transformado em um cara enorme e bombadão, Rick sai espatifando monstros até salvar Jenny, ou não. Detalhe, ele não consegue tirar a máscara. No terceiro jogo Rick tem que salvar sua agora esposa Jenny e seu filho David e junto com novos golpes descobrimos mais sobre a Máscara do Terror.E temos a versão mais nova. É um remake do primeiro jogo, mais estendido, com uma historia mais elaborada. A Máscara do Terror é uma presença constante agora, sacaneando os inimigos e Rick o tempo todo, assim como o dr. West, dono da mansão maldita. Controles simples, mas com muitos golpes, sangue pra caramba, metal na trilha sonora, excelentes gráficos , armas de montão, incluindo seu próprio braço, ou dos inimigos, à vontade. Nudez e sangue, os ingredientes mias básicos de um bom filme splatter. Sem contar os jogos anteriores para desbloquear. O que mais você quer, porra?Felizmente o visual da Máscara do Terror se tornou diferente da máscara do Jason.

Só um detalhe. Embora tenha muitos bichos horríveis, esse novo Splatterhouse não é tão bizarro quanto os anteriores. Quem já viu os fetos sem pele enforcados em Splatterhouse 2 sabe do que falo.

NOTA 7 ( O primeiro) NOTA 8 (Segundo) NOTA 8 ( Terceiro) NOTA 9 (PS3)

Captain America and the Avengers

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AVANTE VINGADORES!!

Sempre gostei do Capitão América. Ponto. Se você acha que ele é um instrumento do imperialismo norte-americano, você é um imbecil. E eventualmente vou dizer porque. Mas por enquanto vamos nos concentrar no jogo.

É possível escolher entre quatro Vingadores ( qualquer um que escolha o Gavião Arqueiro perde meu respeito) para dar porrada em vários vilões da Marvel, incluindo até um robô Sentinela, que normalmente enfrentam os X-men. Mas os Vingadores também já caíram na porrada com eles. Enfim. Embora todos os quatro sejam parecidos em alguns aspectos suas diferenças sutis tornam a escolha importante. Mas todos tem um ataque á distancia condizente (raios para o Visão e o Homem de Ferro, flechas para o Gavião, o escudo para você-sabe-quem).

A historia, os vilões querem dominar o mundo, blá blá blá, os Vingadores aparecem, blá blá blá, porrada, blá blá blá, diálogos toscos, blá blá blá, dublagem obviamente feita em inglês por japoneses. Que seja.

NOTA 7. Fora os gráficos e músicas, não vi muitas diferenças entre as versões de arcade e do Mega Drive. Mas ao passo que venci a versão do Mega, nunca consegui fazer o mesmo com a outra. Pode ser porque é um jogo dificilzinho, é importante jogar acompanhado. Ou eu sou ruim mesmo. O mesmo vale pra versão de SNES, com a diferença que, pasmem, a música da versão da Sega é melhor.

Na próxima semana, a segunda parte desses pequenos reviews.