Beat´em ups- Vivos ou Mortos? Parte Três e Parte Final


E a parte três para encerrar esse ciclo de porradaria e violência no Superamiches. E começar outro, mais violento.
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The Punisher
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Dois jogos do Justiceiro são, merecidamente, bem lembrados. A versão de arcade da Capcom e a mais recente (recente é modo de dizer) do PS2. A versão de arcade é muito parecida com Captain Commando, também da Capcom. Na verdade parecida demais. Mecanicas, jogabilidade, gráficos…. tudo muito igual, mas no universo da Marvel. Legal, mas…. meh. Já foi feito antes. A versão de PS2 NÃO é um beat´em up, é um jogo de tiro em terceira pessoa. Mas a história, do maluco Garth Ennis, responsável pela melhor fase de Frank Castle nos quadrinhos, e principalmente o engenhoso sistema de tortu…. tratamento de criminosos fazem desse um puta jogo. E jogar é muito bom também.
Frank Castle, visto aqui dando um tiro no saco do Wolverine. E isso é pouca doidera do que o Ennis fez enquanto escrevia o título. É sempre bom ver o Volveirne se foder.wolverine-punisher

The Incredible Hulk: Ultimate Destruction


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Então você é um nerd ridiculo que se torna uma enorme, incontrolável e furiosa besta verde? O que fazer se suas mãos agora são muito grandes para usar o teclado e o mouse? Quebrar tudo ora!
E deram um grande mundo sandbox para brincar. E de quebra muitos golpes e combos, objetos transformáveis em armas, incluindo o favorito da galera, carros feitos de luvas de boxe. Também se incluem um sistema de alerta tipo GTA, progressivo, quanto mais estrago você causa maiores são seus problemas. Quer dizer, é fácil para o Gigante Esmeralda lidar com policiais e suas viaturas, mas depois as coisas vão indo para helicópteros, tanques, jatos e os enormes mechas “Hulk-Buster”. Vira um caos bem rápido.
A história é muito interessante, envolvendo o dr. Sansom, Emil Blonski, mais conhecido como o Abominável e outras cositas do universo do Hulk.
As coisas não são perfeitas no entanto. Os gráficos são ok, nem incríveis nem ruins. A parte sonora, fora os hilários gritos desesperados dos humanos fracotes e os rosnados do Hulk são apenas passáveis. Embora sejam muito grandes, os cenários (cidade, deserto e o outro) são separados uns dos outros. É preciso ir à um dos pontos de salto, voltar para a igreja e daí partir para o outro cenário. Essa operação toda não é rápida e quebra o ritmo da ação. E os cenários não são tão destrutiveis quanto gostaríamos. Em particular na cidade grande isso se torna visível e um pouco frustrante. Apenas alguns prédios podem ser derrubados, em um efeito bem legal e catastrófico. Mas são poucos. Claro, faz sentido se pensar que, ou a cidade ficaria reduzida a escombros durante toda a sua partida, enquanto você usasse aquele save, ou os prédios reaparessessem magicamente quando o console é religado. Opções pouco interessante ou pouco realistas. Bem talvez seja melhor como está. Os prédios que você derruba, permanecem derrubados.
Seja como for, é relaxante demais correr como uma força da natureza e destruir (quase) tudo em seu caminho. E felizmente, sem rasgar as calças.
NOTA 8
The Warriors

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Se tiver sorte, ainda é possível assistir Os Selvagens da Noite em alguma madrugada. Ou procurar pelas internets. Faça o que fizer, assista. O filme transpira “anos 80” por todos os poros mas é fascinante mesmo para quem não viveu aquela época.
O problema das gangues era endêmico em Nova Iorque naquela época. E como Adam, Axel e Blaze sequer tinham nascido, parecia que assim seria para sempre. E mais, o líder dos Riffs, a maior das gangues fez uma conta simples. 60 mil membros de gangue + 20 mil policiais = lucro. É só pegar, sacaram? E usando a influencia, para não falar do medo, dos Riffs, reuniu, em paz, representantes de todas as gangues em um parque e dividir com eles sua visão. É claro que ia dar merda.
Durante seu discurso, foi baleado pelo psicótico líder dos Rogues, que ainda conseguiu culpar a gangue dos Warriors. A palavra nas ruas então era “Matem os Warriors!” E começa a desesperada corrida dos Guerreiros até a segurança, relativa, de seu território em Coney Island. Muito sangue será derramado no caminho e muitos sonhos e ossos serão quebrados. Tá, esqueçam a parte dos sonhos.
Esse é o filme. O jogo evita a “Maldição das adaptações de filmes” e resolve contar a historia dos Warriors desde a sua fundação, cerca de dois anos antes, mostrando como os personagens do filme se tornam Warriors e acrescentando alguns detalhes aqui e ali. Pra depois partir para o filme.
Os gráficos são bem simples para o PS2, os personagens em particular, ainda que seja facilmente reconhecíveis quem é quem no filme. Os cenários, por outro lado, são muito bem feitos e texturizados. A música é a típica seleção da Rockstar, ritmos da época e boas músicas próprias.
Mas isso tudo é pouca coisa perto do prato principal. A pancadaria. Tem qualquer coisa de muito básico nos imensos quebra-paus que se instalam e principalmente, em controlar um sujeito que bate como um cara normal. Um Warriors dá socos e chutes e usa objetos como qualquer um de nós faria, se tivesse um monte de parafusos a menos. Quero dizer, nenhum deles parece ter tido o menor treinamento em nenhuma arte marcial ou algo do tipo. Só tem muita raiva e instinto cruel. E amigos. Cada vez que você controla um Warriors é possível dar ordens aos outros do seu grupo. Ficarem quietos, ou dar cobertura, te seguirem ou simplesmente quebrar tudo e todos. E quando as coisas ficam feias, chame seus amigos pra te ajudar. E você ocasionalmente vai ter que sair em ajuda deles.
Entre pichações, roubos de lojas ou toca-fitas de carro, assaltos, invadindo territórios ou defendendo o seu, usando substancias ilícitas, batendo em policiais, fugindo deles e outras coisas caóticas, The Warriors vai ocupar muito do seu tempo. Tem que ser Guerreiro!
A propósito, tá vendo aquele  “R” ali no canto da ilustração? Se você não for o nosso famoso leitor fungoide cegueta, tá bem visível. Rockstar manolo. Então vai na fé. Acho que vocês gostam do trabalho dos caras.
NOTA 9
Yakuza
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Vou continuar no submundo do crime, mas falar de um sujeito que não podia ser mais diferente dos Warriors e na minha opinião, poderia destruir a gangue toda.
Já sairam um monte de jogos da série Yakuza, mas vou falar do primeiro. Uma falha que pretendo retificar em breve. Mais rápido que o tempo que esperei para usar a palavra “retificar”.
O nome original do jogo é Ryū ga Gotoku, “Como um Dragão”. Acho que o nome Yakuza não seria bem recebido por algumas pessoas no Japão.
Kazuma Kiryu era um yakuza e depois de passar dez anos na cadeia descobre que seu melhor amigo está desaparecido, junto com dez bilhões de iens, ele ainda é um homem marcado pelo crime que o jogou na cadeia e sua vida ainda está longe de ser tranquila.
A historia é bem mais complicada que isso e foi escrita por Hase Seishu, que é um cara de sucesso lá justamente por esse tipo de história.
Kazuma é do tipo “bom bandido”, você sabe, um cara com coração de ouro, que gosta de crianças e filhotes e de quebrar as costelas de quem fica em seu caminho. E muitas costelas são quebradas, assim como ossos sortidos e objetos variados.
As lutas em Yakuza acontecem durante suas andanças pela cidade, lá vai você cuidando da sua vida, algum babaca diz uma coisa e se você quiser pode simplesmente continuar correndo e despista-lo rapidamente ou parar e imprimir a fuça dele nas paredes. E Kazuma tem um arsenal bastante variado de formas de fazer isso. Além dos golpes básicos, é possivel aprender, com um sensei, não meramente usando pontos de experiencia, mais golpes e combos. E ainda usar de forma muito criativa objetos espalhados pelo cenário. E poucas vezes se viram golpes parecerem tão pesados. Dói em você quando Kazuma aplica um soco ou um chute em algum infeliz.
Yakuza pode ser considerado o sucessor espiritual de Shenmue, também da Sega, principalmente pela jogabilidade em geral. Você é livre para explorar a cidade e fazer muita coisa fora da história. E tem gente que diz que GTA é original nesse aspecto. É, tem muito mais liberdade que Shenmue, mas é fácil seguir um caminho já trilhado.
Você conduz Kazuma por uma pequena área da cidade, repleta de atrações e atividades além da história, como cassinos, pachinko entre outros e host clubs, onde é possível passar um tempo agradável com saborosas,  fascinantes garotas. O local é repleto de lojas onde é possível comprar itens úteis e toda sorte de quinquilharias legais.
Yakuza é realmente um excelente jogo, que chegou no quarto episódio pelas suas qualidades, mas não é perfeito. E o principal problema é o tamanho da área que você tem para andar. O jogo está restrito a um bairro. Ok, o lugar tem algumas áreas diferentes umas das outras, há momentos em que você sai do lugar e tal, mas em 90% do jogo você vai ficar andando pelas mesmas ruas, e se quiser ver tudo que o jogo oferece, vai andar MUITO por essas ruas. Isso acabou me afetando negativamente, e sou um cara que releva muita coisa, principalmente se posso dar porrada durante a caminhada. Imagino como atingiu outras pessoas.
Mas isso não abalou a popularidade do jogo, que continua gerando contiunações, algumas em meio a apocalipses zumbis e outras no passado feudal do Japão, e apesar de parecer uma maluquice total pelo que vi, ainda mostra o fôlego da franquia.
NOTA 8
Esses olhos frios vão ser a penultima coisa que vai ver antes de perder a conciencia. A última será um punho enorme.

Esses olhos frios vão ser a penultima coisa que você vai ver antes de perder a conciencia. A última será um punho enorme.

Bayonetta

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Outro jogo da Sega, Zweist? É camarada. A casa do Sonic andou lançando umas boas pancadarias de uns tempos pra cá.
Ok, a primeira coisa que algumas pessoas pensam quando jogam Bayonetta é “Cópia de Devil May Cry/ God of War”.
Não dá em absoluto pra negar a influencia desses jogos , seria até idiota tentar. Mas Bayonetta pegou as excelentes mecânicas desses dois jogos e refinou e explorou até onde foi possível. O fato do criador de Dante também ter criado Bayonetta deve ter ajudado. O resultado?
O combate é fluido, veloz e intuitivo. A partir de um certo ponto do jogo é preciso dominar bem as técnicas de esquiva e principalmente o Witch Time, que desacelera o tempo, para ficar vivo. E ajuda também o bom arsenal com que Bayonetta conta. Chicotes, escopetas, espadas e outras armas.
“Armas? Mas espera, isso não transforma o jogo em um hack´n slash? “
Como você é chato, heim? É. transforma. Sim e não. Da mesma forma que DMC as armas de fogo e brancas são usadas como partes de combos maiores, que acabam usando socos e chutes. E por sinal os combos acabam em foderosos golpes, nos quais Bayonetta usa o cabelo que compõe sua roupa e em consequencia fica mais e mais pelada conforme os combos progridem. Então se esforcem rapazes.
E nem vou mencionar as sequencias onde ela invoca cramunhões demonícacos para acabar com os chefes.
A historia é uma maluquice só. Bayonetta é uma bruxa de séculos de idade e está tentando descobrir sobre seu passado ao mesmo tempo que lida com anjos que querem a pele dela, uma misteriosa seita, um repórter chato e uma misteriosa menininha. Fora outra boazuda com poderes parecidos que também quer acabar com ela. E Bayonetta nem sabe bem porque boa parte desse pessoal está atrás dela.
Os gráficos são muito bons, com excelentes texturas e uma trilha sonora muito foda. Um toque de jazz, ou mais precisamente acid-lounge e uma versão de Fly Me to the Moon do Sinatra. Quê? Não sabe quem é Frank Sinatra? Filisteu… É aquela mesma música do encerramento de Evangelion. Sabe agora? Não? E viveu até agora por que?
Mas um aviso, Bayonetta pode ser tornar muito dificil mesmo na dificuldade Normal. Mas vale a pena para poder acompanhar uma das personagens mais sexy já feitas. Quer dizer, uma bruxa porradeira, com roupa de couro e oclinhos de professora safada e longas pernas e um trase…. é melhor dar logo a nota.
NOTA 9
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Não precisei de muitos motivos para colocar essa imagem.

 

Por enquanto é só. Sei que tem muitos jogos excelentes que deixei passar, mas isso é para o futuro. Mais ou menos quando sair o décimo post do Bruno Henrique.