Batman e Superman – Poder Absoluto

Lixão Absoluto.

Rainha Satúrnia, Lorde Relâmpago e Rei Cósmico, conhecidos antigamente como Liga dos Supervilões resolvem voltar no tempo e tomarem para si a guarda das crianças que seriam no futuro o maior herói de todos os  tempos e o Batman. Em consequência disso o mundo acaba se tornando uma ditadura, onde Bruce Wayne e Clark Kent, criados como irmãos estabelecem a lei e ardem através da tirania e cerceamento dos direitos, um mundo onde quem desobedece é sentenciado à pena capital.

Numa tentativa desesperada de luta pela liberdade, Diana de Temiscyra se une a um herói patriótico zé ruela chamado, que dotado de grande roteirismo acaba por dominar o poder do anel da Tropa dos Lanternas Verdes. No embate Batman é morto por Diana, e por motivos que agora eu não me lembro (li essa merda tem uns três meses) Agora ambos vão começar uma travessia entre várias realidades alternativas até que as alterações sejam corrigidas.

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Começa do nada, vai pra lugar nenhum, e no final você fica se perguntando “que porra foi essa?”. O divertido dos encadernados de Batman e Superman escritos pelo Loeb é o fato de que a cada novo volume você fica com a certeza absoluta de que ele é o mais desnecessário de toda a coleção. Nada nessa merda salva, exceto talvez pela colorização. O roteiro é ruim, ruim nível filme do Esquadrão Suicida, ruim nível bater na mão na sexta feira santa por causa de mistura. O cara traz um trio de vilões xumbregas que não era usados desde a Crise nas Infinitas Terras e que são cópias de outros manés da Legião dos super heróis, pra variar sem contexto algum. Isso sem contar no Tio Sam.

Meu Satã, o Tio Sam!

Quem foi o imbecil que teve a ideia de transformar uma figura de um velho que pedia dinheiro pra guerra numa porra de super herói? Quem foi o imbecil que apoiou essa ideia e aceitou publicar? Por que diabos ele é tratado com seriedade? O que tá acontecendo?

Mas no  prêmio dos mais bostas talvez esse seja o concorrente mais chances de ganhar, não apenas pelo conteúdo, mas pelo conjunto da obra. Esse é até agora o encadernado mais fino de toda a coleção, que já havia recebido um belo reajuste de preços nessa altura. Até o esquálido encadernado do Super do Geoff Johns deve ser mais encorpado que isso. Outro ponto, ele não influencia na lombada, pois fica no intervalo entre o desenho do Alex Ross e o logo “danoninho sem tampa” da DC, podendo ser retirado sem problemas estéticos, e último mas não menos importante motivo:

AQUI QUE COMEÇOU A SAFADEZA DAS PÁGINAS PRETAS!

Lombada nula, assim como a qualidade da história

Por motivos de problemas com os direitos de reprodução dos extras ou alguma merda que  o valha, a Eaglemoss resolveu substituir as mesmas com impressões em tinta escura de desenhos aleatórios da história em si, com o objetivo de manter o número de páginas. Não sei se era realmente necessário, pra mim no final só ficou parecendo safadeza, desperdício de espaço e de tinta.

Indo pro único ponto que presta, mas nem tanto, temos nos extras a reprodução de World’s Finest Comics, de 1957, que marca a primeira colaboração entre o Coringa e Lex Luthor, três anos depois do início das publicações de histórias protagonizadas por Batman e Superman. Umas história boa, com o clima simples e inocente dos quadrinhos  da época.

Saldo final: vamos todos morrer, nada faz sentido e você perde o seu curto tempo nessa existência da maneira que lhe aprouver, mas caso um conselho seja bem vindo, mantenha distância dessa bosta.

Godoka
08/02/2018