Bad Religion – The Empire Strikes First

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Uma época mágica. Chateações, espinhas, você é um merda completo, seus hormônios estão mexendo tanto com a sua cabeça quanto com o seu corpo. Mas também é uma época de descobrimentos, no meu caso um dos mais profundos (ui!) foi na área musical. Pouco a pouco percebi que o mundo não era apenas Offspring, Raul Seixas e Legião Urbana, haviam outros horizontes a se explorar. E foi nessa época que eu conheci o Punk Rock de verdade.

Ramones, Pistols, Misfits, NOFX e outros, sem aquelas merdas de Blink e companhia limitada, só a nata. E no meio dos grandes, uma das minhas maiores paixões até o dia de hoje: Bad Religion, que tinha lançado havia pouco tempo o disco motivo deste post.

The Empire Strikes First é um álbum de 2004 e conta com 14 faixas se contarmos a introdução. São 14 músicas em apenas 40 minutos de porrada com pouquíssimas pausas. Não dá para destacar alguma música sem sentir que fez injustiça com as demais. Um dos pontos mais marcantes do Bad Religion é a preocupação com as letras, sempre politizadas e em sintonia com a situação atual, seja em seu país quanto no mundo, e em 2004 a guerra no Oriente Médio ainda era o principal assunto.

Além de críticas ao governo bélico da época, músicas sobre o poder nocivo da religião (Gods Love, Atheist Peace) e a irresponsabilidade dos meios de comunicação (Los Angeles Is Burning), constantes no trabalho da banda, estão presentes de maneira contundente. O lado pessoal fala alto, mas pra mim esse é um dos principais discos da carreira do Bad Religion, junto com Suffer e Recipe for Hate.