Não achei nenhuma imagem decente com o último livro incluso.

Hoje estou velho e cansado. Mas ainda me lembro de um tempo antigo quando eu era jovem.  Ele era meu Rei, e tudo que o que tenho devo a ele. As matérias, o site, e os comentários de meus leitores.  Tudo veio de Pato Depapete, meu Rei, que me odiava.

Sim, amiches vamos falar de Cornwell.  Eu deveria dizer que se você não conhece Bernard Cornwell, você deveria voltar aleijado e se arrastando pro cu de onde veio, como o cagalhão que é… Mas os tempos hoje são outros. O Cristianismo venceu, então vou lhe dar uma chance de saber a verdade. Já que conhecimento irrita aqueles padres safados.  Cornwell nasceu em Londres, no ano de 1944 de nosso senhor Jesus Cristo, foi adotado por família de Essex, trabalhou na BBC e mora nos Eua, lar de origem de sua esposa. Mas o mais importante: Escreveu livros fodas pra caralho. Eu pessoalmente li Azincourt. Stonehenge. As Crônicas de Arthur. A Busca do Graal e esta que será tema do post, As Crônicas Saxônicas. Uma longa saga, histórica sob o ponto de vista de um personagem fictício. Vou me ater aos pontos apresentados pelo livro. Não sou o Gariba, por isso pra mim o que vale é a história que parece mais divertida.  Haters se ardem.

Uhtredzaço de Bebbanburg. O Homem. O Mito. A Lenda.

Tudo começa no ano de 866, na Notúmbria, reino saxão do norte, com a invasão viking. O que muitos não sabem, é que os vikings jamais foram um povo. Viking era um modo de vida e ataque. Eram os vida lokas medievais. Vindos das terras gélidas Norte europeu, eram tripulações formadas por experientes marinheiros, guerreiros bárbaros que faziam um misto de rolezinho com arrastão onde aonde seus barcos com dragões chegavam. A Inglaterra nessa época não existia. Havia quatro grandes reinos governados por saxões. Nortúmbria, Mércia, Anglia Oriental e Wessex. E houveram muitas invasões. A primeira que somos apresentados é a dos Dinamarqueses em Nortúmbria, lar do nosso protagonista e cronista Uhtred de Bebbanburgm então com 9 anos. Uhtred é o herdeiro não pretendido pelo seu pai. Pois seu irmão mais velho é o primeiro a ser morto. Sendo levado pelo pai, para aprender sobre batalhas, acaba vendo seu velho e outros guerreiros serem massacrados pelos nórdicos e capturado pelo grande Earl Ragnar Ravnson. No fim Uhtred vira membro da família de seu captor, aprendendo e amando os costumes pagãos.

CAI DENTRO, FILHODAPUTA!!!

Bom, isso é só o inicio do primeiro livro.  Criado por pagãos, tendo suas terras e fortalezas roubadas pelo irmão de seu pai, Uhtred irá crescer para se tornar um dos mais bravos guerreiros de seu tempo. Um senhor da guerra que irá lutar… pelos cristãos. E essa é uma das partes mais interessantes. Ou como o próprio velho Uhtred costuma dizer enquanto se lembra de sua juventude: O destino é inexorável.

#PartiuInvasão #RoleNaInglaterra #ParedeDeEscudos #Saquear #Matar #Estuprar

Uhtred será ao longo da série, o principal guerreiro de Alfredo, o rei de Wessex. Inteligente, politico e cristão fervoroso. Os dois serão ao longo dos anos uma dupla, a contragosto de ambos, invencível e improvável.  Talvez eu esteja sendo muito vago e não esteja tornando a história tão atraente, mas é que estou tentando priva-lo de spoilers. Mas acredite, vale ler os seis livros publicados.  Uhtred é um guerreiro nórdico, filho da puta, matador de primeira e babaca por natureza. Provocando cristãos, guerreiros e qualquer um que cruze seu caminho e dono de um coração enorme ele sempre acaba sendo esmagado pelos dois lados. Tendo inimigos e amigos de ambas as religiões, acaba sendo um personagem carismático e cheio de erros de personalidade que só o tornam ainda mais eficiente. É Cornwell. Deixe de ser um bosta e vá ler. Se você gosta da emoção da parede de escudos, de xingar seus inimigos, de fornicar e beber e ajudar seu inimigo que lutou bravamente a segurar uma espada enquanto morre, em sinal de respeito e assim envia-lo ao Valhalla. Além de mostrar como a cristandade é uma oportunista gananciosa, com uma pequena parcela de pobres homens realmente com boas intenções (Beijo, Papa Francisco. Gosto do seu atual trabalho), você precisa ler essa saga. Eram tempos, difíceis, cruéis. Onde homens usavam barbas até o peito (beijo Cgui). Era o caos. Mas ainda assim, eram tempos que valem a pena serem visitados e acompanhados (mais ou menos como é o Superamiches).

Techno Viking. Um dos últimos remanescentes dessa época.

A série “As Crônicas Saxônicas” possuem seis livros escritos e todos foram publicados no Brasil. Mas o último deles, “Morte dos Reis” deixa em aberto a possibilidade de mais virem por aí. Assim que o Autor bem entender escrever mais.